quinta-feira, 12 de julho de 2007

Com vocês, o Esperanto


Talvez você já tenha ouvido falar a respeito do Esperanto.
Criado em 1887, por Ludwik Lejzer Zamenhof, é uma língua auxiliar planejada, cujo objetivo é promover a comunicação entre os povos do mundo, sem interferência e de forma neutra.

Ele possui gramática e regras bastante simples, se comparado a outros idiomas. Substantivos terminam sempre em
o, adjetivo sempre em a, etc.
Seu vocabulário deriva de várias línguas. Cachorro, por exemplo, é
hundo ( do alemão: Hund). Os verbos não são conjugados por pessoa (como no português), variam apenas de tempo: mi volas, vi volas (eu quero, tu queres); mi volis, vi volis (eu queria/quis, tu querias/quiseste).

Além disso, não possui um único idioma como base. É mais ou menos uma "mistura".
Seus sistema de escrita possui influência de línguas orientais, como o eslavo e hebraico, apresentando certas letras com acento: ĉ, ĝ, ĥ, ĵ, ŝ e ŭ, ou então palavras formadas por encontro de "kv", como
kvar (quatro).
Sua pronúncia se assemelha muito ao do italiano. Como já foi dito, seu vocabulário possui várias origens. Muitas palavras são, por nós, reconhecidas facilmente: ovo, membro, kongreso (ovo, membro, congresso).
É, portanto, uma língua realmente democrática.

O Esperanto, ao contrário do que muitos pensam, não surgiu para substituir todos os idiomas. Pelo contrário: ele serve para protegê-los.
O Esperanto não possui um dono. Todos podem aprender e usar essa língua. Isso é especialmente interessante para a comunicação global. Usando uma língua neutra entre os diversos povos, evita-se conflitos ou intrigas entre países. Como o Esperanto não representa nenhum país, não há contaminação cultural e política de uma nação sobre a outra.
Dentro de 100 anos, 40% das 6000 línguas faladas no mundo estarão extintas,devido à globalização linguística, e à invasão cultural por línguas de potências estrangeiras. O uso do esperanto pode evitar isso.

Outra coisa que muitos pensam é que o inglês é a língua universal. Mas não é. É só a língua mais importante. O inglês desfruta do seu atual prestígio por causa da influência política, econômica e cultural dos EUA no mundo. Mas nem sempre foi assim.
Na antigüidade, o grego era, de longe, a língua mais importante, devido a influência da Grécia. Depois, o latim. Até pouco tempo atrás, o russo era uma das línguas mais difundidas no leste europeu, devido ao poder político que a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) representava.
Atualmente, com o desenvolvimento econômico da China, e o aumento de sua importância no mundo, o mandarim torna-se cada vez mais importante. Há vários cursos desse idioma no Brasil. Nos EUA, escolas já incluíram o seu ensino na grade curricular.
Ou seja, a língua "universal" sempre dependeu do país que estava "no poder".

Com o Esperanto, uma única língua seria aprendida pelas pessoas, e mesmo assim todos poderiam se comunicar. Isso favoreceria não apenas o aspecto de facilitar a troca de idéias entre pessoas distantes, como até mesmo economizar em traduções.
Em 1987, 700 mil dólares foram gastos para traduzir em seis línguas os relatórios sobre a fome mundial, da ONU, dinheiro este que poderia ser usado para combater a tal fome.

Há também a situação de "justiça". Por mais que alguém aprenda português, por exemplo, dificilmente conseguirá usar esse idioma da mesma forma que um falante nativo. Ou seja: em uma conversa com um brasileiro, um estrangeiro estaria em uma "posição desfavorecida", pois não conseguiria trocar idéias com a mesma facilidade de que aquele que fala o idioma desde criança. Usando um idioma neutro, todos estariam numa posição igual, perante uns aos outros.

Logicamente, se o esperanto fosse reconhecido e levado a sério, o ensino de outros idiomas continuaria existindo. Na verdade, muitos vêem o esperanto como porta de entrada para outros idiomas.
Já é comprovado que o esperanto possui efeito propedêutico: aprender esperanto antes de outras línguas ajuda no aprendizado de idiomas estrangeiros. Como o esperanto é mais fácil de aprender, muitos obstáculos associados à "primeira língua estrangeira" seriam ultrapassados. As pessoas "aprenderiam como aprender" outro idioma, tornando os estudos mais fáceis.
Em uma pesquisa, um grupo de estudantes de ensino médio foi dividido em dois sub-grupos. Um deles estudou esperanto por 6 meses, e em seguida estudou francês por 1 ano e meio. O outro grupo estudou francês por 2 anos. No fim do curso, o primeiro grupo apresentou um melhor conhecimento de francês que o outro grupo.

Assim, se você se interessou pelo Esperanto, sugiro esses endereços para se informar mais:

> http://pt.wikipedia.org/wiki/Esperanto
> http://www.esperanto.org.br

Até :-)

Um comentário:

  1. Se desejar mais informações sobre o esperanto, poderá obtê-las em http://groups.google.com/group/esperanto-em-portugal?hl=pt-BR

    Cumprimentos,

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